quinta-feira, 20 de agosto de 2009

OFICINA DE LEITURA: CEGUEIRA: NOSSO MAIOR PROBLEMA AMBIENTAL

FACILITADORA

Lúcia (Coordenadora Pedagógica)

PLANO DE AULA

OFICINA DE LEITURA

TEMA: MEIO AMBIENTE

TEXTO: Cegueira- Nosso maior problema ambiental

OBJETIVOS:

- Estimular os jovens ao hábito da leitura;

- Aumentar a concentração dos jovens;

- Ampliar os conhecimentos;

- Diagnosticar problemas ambientais existentes na comunidade;

- Melhorar a escrita.

AÇÃO DIDÁTICA:

- Leitura do texto;

- Debate;

- Aula de prática (Passeio ao bairro).




TEXTO: CEGUEIRA – NOSSO MAIOR PROBLEMA AMBIENTAL

terça-feira, 11 de agosto de 2009

OFICINA DE LEITURA: A ARTE DE SER FELIZ

FACILITADORES

Cleudemice, Eliane e Jesuina

PLANO DE AULA

TEMA: MOTIVAÇÃO

TEXTO: A ARTE DE SER FELIZ

OBJETIVOS:

- Motivar o coletivo de jovens;

- Treinar e inseri a leitura como uma prática prazerosa.

AÇÃO DIDÁTICA:

1º Momento: Vídeo motivacional;

2º Momento: Leitura grupal;

3º Momento: Interpretação do texto;

4º Momento: Desenhar e pintar algo que simbolize “A Arte de ser feliz”.

TEXTO: A ARTE DE SER FELIZ

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pesado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as compravas? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era numa época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

Às vezes abro a janela e encontro o jardineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Veja. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

MEIRELES, Cecília. Quadrante. Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1962.p.13.

VAMOS ENTENDER O TEXTO

1. “A arte de ser feliz”, apesar de ser um texto em pro, é carregado de linguagem poética. Comprove essa afirmação.

2. A autora nos conta diversas situações que presencia ou presenciou de sua janela. Cite algumas dessas situações passadas e algumas que ainda ocorrem no momento em que a autora escreve.

a. No passado

b. No presente

3. Localize no texto expressões que indiquem o tempo em que ocorrem as situações apontadas:

a. A visão do chalé

b. A visão do canal

c. A visão da cidade que parecia feita de giz

4. Onde estava a autora quando, de sua janela, avistava-se um terreiro? Justifique sua resposta.

5. Você concordaria com qual das opiniões que procuram explicar o fato de essas “pequenas felicidades” estarem sempre diante das janelas da autora? Justifique sua resposta.

VAMOS ESCREVER LIVREMENTE

Releia o texto de Cecília Meireles e a análise que dele fizemos. Depois escreva sobre o que é felicidade para você (Mínimo 15 linhas). Seu texto poderia começar assim:

Para mim, para serem felizes, as pessoas só precisam...